A África do Sul enfrenta um desafio monumental ao tentar pôr fim a anos de cortes de electricidade contínuos que têm prejudicado a economia: Tem de construir e financiar uma expansão da rede nacional no valor de 390 mil milhões de rands (21 mil milhões de dólares) para poder ligar mais centrais eléctricas.
O sistema de transmissão é detido, gerido e mantido pela Eskom Holdings SOC Ltd, que fornece mais de 80% da electricidade do país e não conseguiu manter adequadamente as suas centrais ou acelerar o processo de construção de novas centrais em número suficiente para evitar a escassez de energia. A empresa estatal planeia construir 14 218 quilómetros (8 835 milhas) de linhas eléctricas durante a próxima década, mais do triplo do que instalou nos últimos 10 anos. Terá também de multiplicar por seis a sua capacidade de transformação e construir outras infra-estruturas.
A Eskom está a procurar investimento privado para melhorar a sua rede de transporte e integrar novas fontes de energia renováveis na rede nacional. Propõe um modelo de construção, exploração e transferência, em que o governo mantém a propriedade, mas as empresas privadas financiam e constroem as infra-estruturas.
O director financeiro, Calib Cassim, estará presente no fórum Invest in African Energy (IAE 2024) em Paris para garantir 21 mil milhões de dólares durante a próxima década.
A conferência IAE 2024 oferece uma plataforma para os investidores estabelecerem contactos com especialistas em energia, promotores de projectos e decisores políticos. Esta é uma oportunidade para fazer parte do desenvolvimento das energias renováveis em África e contribuir para a segurança energética do continente.
Fonte: O Económico