Revista Tempo

É preciso pensar na melhor estratégia para, no âmbito do acordo da Zona de Comércio Livre Continental Africana, aumentar o comércio intra-africano – CTA

A confederação das Associações Económicas de Moçambique – CTA, defendeu no seminário, de consulta sobre oferta tarifária de Moçambique para Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) que, para aumentar o comércio intra-africano dos actuais menos que 20%, para mais de 50% em 2045, bem como o incremento da quota da África no comércio global, de dois por cento para 12%, é necessário “pensar numa melhor estratégia”.

Agostinho Vuma Presidente da CTA, intervindo na abertura do encontro, disse que as cifras actuais do comércio intra-africano, crescerão lentamente, caso o comércio de África continue a se basear em produtos primários. 

“Temos que adicionar valor aos nossos produtos”. Disse

Dados por si apresentados na ocasião, consubstanciam que o valor do comércio poderia triplicar em 1 ano, apenas, caso se prosseguisse numa estratégia acertada.

No que diz respeito ao tema específico do seminário, “oferta tarifária”, disse Vuma que esta deve ter em conta o “processamento local”.

“Para revertermos os desafios existentes para o aproveitamento efectivo destas oportunidades a vista, é necessário a melhoria dos sistemas de pagamento, da rede de infra-estruturas de transporte e logística de suporte ao comércio intra-africano”. Afirmou Agostinho Vuma.

De acordo com o líder do sector privado nacional, ainda que se elimine as barreiras tarifárias, enquanto prevalecerem os altos custos de transacção, pouco benefício o sector privado terá da eliminação ou redução das tarifas aduaneiras.

Defendeu ainda Vuma, a necessidade de uma maior cooperação empresarial a nível continental.

Reiterou a CTA que, a forma de contribuir para desenvolver o País e alcançar os desígnios da Zona de Comércio Livre Continental Africana, ou seja, aumentar as transacções intra-africanas que actualmente se situam em menos de 20% do total de comércio que os países africanos transaccionam com o resto do mundo, e o nível da capacidade produtiva, passa pela cooperação empresarial intra-africana.

“E para o caso de Moçambique, o desafio é ainda maior, visto que temos que incrementar a cifra de 2% do peso do comércio com África, exceptuando a SADC. E reverter, de modo particular, o declínio do sector manufactureiro que em 2023, teve um crescimento negativo de -4,4%.” Sublinhou.

Fonte: O Económico

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