Revista Tempo

Face aos eventos extremos, é preciso reflexão e implantação de infra-estruturas resilientes – afirma MTC

Mateus Magala falava na sequência do encontro sobre a qualidade de Serviços de Telecomunicações e Workshop promovido pela União Internacional das Telecomunicações.

Segundo Magala, a passagem dos ciclones Idai e Kenneth, que atingiram as regiões centro e norte de Moçambique, afectou vários sectores da economia, particularmente o sector de telecomunicações que registou perdas calculadas em cerca de US$ 49,23 milhões e US$ 1,6 milhões respectivamente.

Os danos causados pelos eventos extremos incluem destruição de infra-estruturas de telecomunicações e perda de vidas humanas.

Os eventos extremos também afectaram a resposta às emergências e a população no geral devido a interrupção dos serviços das telecomunicações.

Por isso, o Governo reconhece a necessidade de incrementar o nível de penetração dos serviços de telecomunicações, tendo em conta que em Moçambique existem mais de 16 milhões de subscritores, o que representa uma taxa de 50% e a população que detém um telemóvel é estimada em cerca de 49%.

 “O sector dos Transportes e Comunicações de Moçambique definiu a digitalização, como uma das cinco prioridades da sua abordagem estratégica, porque estes simplificam os processos de produtivos, aumentam a eficiência das operações, revolucionam o acesso ao conhecimento, promovem a inclusão e participação dos cidadãos na escolha das várias opções de desenvolvimento e acesso aos serviços sociais básicos, disse Magala”.

Disse devido a sua localização geográfica, Moçambique está exposto a vulnerabilidade aos desastres naturais, pois em média o país é atingido por uma tempestade tropical ou ciclone e outros três ou quatro distúrbios tropicais por ano.

Neste encontro, Moçambique quer ideias sistematizadas de forma que os países que integram a União Internacional das Telecomunicações desenvolvam sistemas de segurança cibernética que protejam infra-estruturas, serviços e utilizadores dos serviços de telecomunicações.

Por seu turno, o Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Reguladora das Comunicações (INCM), Tuaha Mote, entende que a realização da reunião do grupo de estudo 12 da União Internacional das Telecomunicações (UIT) para região africana e Workshop de Qualidade de Serviços de Telecomunicações, vai permitir a identificação e união de sinergias para o desenvolvimento de normas internacionais na região.

“Preocupados em assegurar que as práticas regulatórias incentivem a concorrência justa, estimule o investimento em infra-estruturas e garantam que os consumidores tenham acesso ao serviço de qualidade o INCM elegeu para o seu plano estratégico a qualidade de serviço como um dos seus pilares de regulação” , disse PCA do INCM.

Refira-se que o encontro de quatro dias, contados a partir de hoje, conta com presença do Conselheiro do Grupo de Estudo e de Qualidade de Serviços da União Internacional das Telecomunicações, Martin Adolph, especialistas oriundos de entidades reguladoras, prestadores de serviços, fabricantes de equipamentos, académicos e outras individualidades.

Fonte: O Económico

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