“O futebol português perde uma das suas figuras marcantes, quer como jogador, quer como treinador que trouxe para o FC Porto a primeira Taça dos Clubes Campeões Europeus e de campeão mundial. Um treinador que marca a sua geração. O futebol português ficou mais pobre, está de luto”, lamentou Toni, em declarações à agência Lusa.
Além das qualidades como treinador, Toni destacou ainda “o lado de cidadania” de Artur Jorge, “um homem de lutas” que iniciou “na Associação Académica” de Coimbra e que se “transferiram depois” para a sua atividade profissional no futebol.
“Foi um dos homens que lutou pela liberdade em relação àquilo que foi uma viragem muito grande, aquando da formação do Sindicato (dos Jogadores) em Portugal e o fim do direito de opção”, recordou.
O treinador destacou ainda a “relação de amizade” iniciada quando era juniores, com Toni “no Anadia” e Artur Jorge “no FC Porto”, antes de partilharem “momentos na Académica” e, mais tarde, vestirem “o mesmo manto sagrado do Benfica”.
Reconheceu, por outro lado, que tiveram também, “uma relação de alguma crispação”, que foi “ultrapassada” por serem “gente inteligente”.
“Soubemos ultrapassar esse momento menos bom. Guardarei para sempre uma relação de amizade por estas situações que tive com o Artur Jorge”, resumiu Toni.
Artur Jorge, antigo selecionador português e treinador campeão europeu pelo FC Porto, morreu aos 78 anos, anunciou hoje a família em comunicado.
“É com profunda tristeza que a família de Artur Jorge Braga de Melo Teixeira comunica o seu falecimento, esta madrugada, em Lisboa, após doença prolongada. Morreu serenamente, rodeado dos seus familiares mais próximos“, lê-se no comunicado.
Como treinador, Artur Jorge teve o momento alto da carreira em 1986/87, ao vencer a Taça dos Clubes Campeões Europeus ao serviço do FC Porto, tendo sido igualmente selecionador nacional em duas ocasiões.
Fonte: FlashScore