Revista Tempo

Petróleo mantêm-se em alta, entretanto no Mar Vermelho prosseguem os ataques a navios

Os preços do petróleo mantiveram, terça-feira, 27/02, os ganhos obtidos no dia anterior, em meio a ataques a navios no Mar Vermelho que exacerbaram as preocupações com o abastecimento.

Os futuros do petróleo Brent caíram 1 cêntimo para 82,52 dólares por barril às 0435 GMT, enquanto os futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) subiram 1 cêntimo para 77,59 dólares por barril.

“Preocupações em torno de interrupções no transporte marítimo no Mar Vermelho apoiaram uma recuperação no preço do petróleo durante a noite, compensando um Fed mais hawkish actualmente pesando no lado da demanda da equação”, disse Tony Sycamore, analista da IG em Sydney.

Os ataques dos Houthis, alinhados com o Irão, em apoio aos palestinianos, aumentaram as taxas de frete e os tempos de transporte. Na segunda-feira, o Comando Central dos EUA disse que os Houthis tinham disparado, sem sucesso, um míssil contra o petroleiro Torm Thor, de bandeira americana, no Golfo de Áden, a 24 de Fevereiro.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, disse na segunda-feira, 26/02, que espera que o cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas em Gaza comece na próxima segunda-feira. Em público, Israel e o Hamas continuaram a tomar posições muito distantes sobre uma possível trégua, culpando-se mutuamente pelos atrasos.

Ambos os índices de referência do petróleo registaram uma subida de mais de 1% na segunda-feira, após descidas de 2%-3% na semana anterior, com os mercados a considerarem uma maior probabilidade de os cortes nas taxas poderem demorar mais tempo.

O Presidente do Banco da Reserva Federal de Kansas City, Jeffrey Schmid, utilizou na segunda-feira um discurso de estreia sobre política económica para assinalar que, tal como a maioria dos seus colegas do banco central, não tem pressa em reduzir as taxas de juro. Os elevados custos dos empréstimos reduzem normalmente o crescimento económico e a procura de petróleo.

Os preços do petróleo também foram apoiados na terça-feira por indicações de melhoria da procura na China.

“As preocupações com a procura chinesa estão a diminuir, uma vez que as refinarias continuam a comprar rapidamente no mercado físico, depois de um boom nas viagens do Ano Novo Lunar. Isto apesar de terem planeado mais paragens de manutenção do que o habitual”, disseram os analistas do ANZ Bank numa nota.

O foco do mercado para este dia serão os dados semanais do grupo industrial American Petroleum Institute sobre os inventários de petróleo dos E.U., que deverão ser divulgados às 16:30 EST (2130 GMT).

Analistas consultados pela Reuters na segunda-feira estimaram, em média, que os inventários de petróleo bruto aumentaram em cerca de 1,8 milhões de barris na semana até 23 de Fevereiro.

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Fonte: O Económico

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