Revista Tempo

Sporting: Gyokeres é fonte de inspiração

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[imgep]

Avançado sueco tornou-se num exemplo para atletas de outras modalidades; a moda de um festejo que pegou e se tornou viral; acarinhado por todos… até pelos rivais dos leões

Escasseiam os adjetivos para caracterizar Viktor Gyokeres. Desde que chegou a Alvalade que o avançado sueco começou a escrever a sua história sendo o jogador mais caro que o Sporting já comprou (€20 milhões, com o valor a subir consoante os objetivos que o jogador vai alcançando); foi titular no jogo inaugural da Liga, com o Vizela, e bisou, deixando os adeptos com água na boca. Foi sendo titular a cada jogo, somando minutos, adaptando-se à equipa e às ideias de Rúben Amorim, foi afinando agulhas e, num ápice, tornou-se num matador que há muito o Sporting deixara de ter nas suas fileiras. 

Com o 9 nas costas, outrora número que pertenceu a nomes que perduram na história do emblema leonino, como por exemplo, Manuel Fernandes, Juskowiak, Iordanov, Wolfswinkel, Emmanuel Amunike e Slimani, Gyokeres está a escrever uma bonita página na história da sua carreira e do clube.

Mas, a influência de Gyokeres estende-se para fora do campo de jogo. O peculiar festejo do gigante sueco a cada golo tornou-se viral. O homem da máscara, já o fazia no Coventry, mantém as mãos entrelaçadas na cara, como se de uma máscara se tratasse. O segredo poderá ter sido pelo médio Josh Eccles, antigo companheiro de Gyokeres em Inglaterra: «Creio que a celebração é pela personagem do filme [Hannibal]. Ele come pessoas e o Viktor destrói defesas.» 

Certo é que o principal protagonista não confirmou a teoria e, já questionado sobre o assunto, prometeu desvendar o mistério no final da temporada.

E a moda pegou. Adeptos, pequenos e graúdos, outros jogadores e até atletas de outras modalidades já dão continuidade ao festejo de Gyokeres. 

No jiu-jitsu a atleta leiriense Raquel Almeida (Academia Red House Association) conquistou a medalha de bronze no Campeonato da Europa, há pouco mais de uma semana, em Paris (França) e festejou como Gyokeres

O atleta Emmanuel Eseme, camaronês de 29 anos, especialista nos 100, 200 e 4×100 metros, também adotou a celebração do sueco nas suas conquistas. 

Morita prometeu e cumpriu: marcou pelo Japão na Taça da Ásia e, claro está, festejou como o colega de equipa. 

Também Taynan, na final da Taça da Liga de futsal, em que o Sporting venceu o Benfica, marcou um golo e festejou, claro, com as mãos entrelaçadas na cara. 

E, espante-se, até Abraham Marcus, jogador do FC Porto B, quando assinou o empate frente ao UD Leiria (1-1), na Liga 2, festejou assim…

Nas bancadas, no último jogo, referente à Taça de Portugal, em que o Sporting venceu o UD Leiria (3-0) e garantiu presença nas meias-finais, saltou à vista a imagem de uma criança com um adulto, possivelmente o pai, a celebrar como o sueco.

Aos 25 anos, o sueco é um fenómeno. A disponibilidade física é impressionante, sorri a cada lance, demonstrando com está a desfrutar do momento. É um trabalhador nato, marca e ainda assiste. Soma 2270 minutos em 28 jogos, marcou 26 golos e fez 10 assistências! 

Desde 2018/2019, que um jogador do Sporting não marca 25 ou mais golos (Bruno Fernandes marcou 32), em seis jogos bisou em quatro (Tondela, Vizela, Casa Pia e UD Leiria), sendo que já marcou por duas vezes em oito jogos e fez um hat trick frente ao Farense, na Taça da Liga, e frente ao Estoril (5-1), na 16.ª jornada, fez três assistências para golo. Já ultrapassou a melhor pessoal no que a golos diz respeito, na época passada, no Championship, em que marcou 22 golos e fez 12 assistências em 50 jogos, e ainda vamos a pouco mais do que a meio da época. 

Frente ao UD Leiria, num jogo em que os leões carimbaram passagem para as meias-finais, Gyokeres marcou mais golos chegando ao 26.º, o que custa ao Sporting mais um milhão de euros (por objetivos), mas, certamente, que em Alvalade se dá por bem empregue cada cêntimo gasto com o sueco.

Fonte: A Bola

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