Revista Tempo

Duarte Gomes analisa a arbitragem do FC Porto-Rio Ave

Duarte Gomes analisa a arbitragem do FC Porto-Rio Ave
[imgep]

A importância da tecnologia

António Nobre dirigiu o FC Porto/Rio Ave FC que se jogou no Estádio do Dragão. 

Fábio Melo deslocou-se até à Cidade do Futebol, em Oeiras, para exercer a função de vídeoárbitro. 

Esteve muito bem o árbitro portuense nessa função.

O jogo de ontem, tal como muitos outros ao longo desta e de outras épocas, voltou a provar a importância da vídeo tecnologia ao serviço da arbitragem e do futebol. A reversão de decisão fundamentais garantem verdade ao jogo e justiça às decisões dos árbitros. 

Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro: 

3′ Miguel Nóbrega e Evanilson dividiram a jogada, tentando a bola. O defesa do Rio Ave não cometeu infração passível de pontapé de penálti, ao contrário da ilusão que o árbitro teve em campo. A reversão da decisão foi correta, mas o avançado brasileiro não simulou. Houve toque ligeiro (insuficiente) e desequilíbrio em função da velocidade, não tentativa em ludibriar o árbitro. 

10′ Galeno estava fora de jogo quando Nico cabeceou à baliza adversária. O avançado marcou e o árbitro assistente validou. Valeu nova intervenção acertada do VAR. 

13′ Evanilson foi empurrado nas costas por Tanlongo, caindo depois sobre um outro defesa vilacondense. Ficou por assinalar pontapé-livre direto, em zona prometedora. 

20′ João Mário chegou tarde à dividida com Miguel Nóbrega, atingindo-o com negligência.

Viu bem o cartão amarelo. 

22′ Fábio Cardoso foi carregado no meio campo adversário. A bola viajou depois na direção do seu guarda-redes. Nobre não devia ter levantado os braços a conceder «vantagem» perante mera posse de bola para zona tão recuada do terreno. O benefício para quem sofre infração é quase nulo nessa situação. 

36′ Miguel Nóbrega foi bem advertido após entrada faltosa sobre Francisco Conceição, que cortou ataque prometedor do FC Porto. 

40′ Golo bem anulado ao FC Porto: no momento do passe de Evanilson, Wendell estava adiantado em relação ao penúltimo adversário. 

45+2′ Queda de Pepê na área vilacondense sem infração de Aderllan. Bem o árbitro ao nada assinalar. 

47′ Remate de Fábio Cardoso foi travado de forma legal pelo braço direito de Costinha, que estava de costas para a jogada e em movimento defensivo. Não houve pontapé de penálti. 

49′ Queda de Francisco Conceição (lance com Miguel Nóbrega) sem motivo para pontapé de penálti. Houve contacto mas não o suficiente para derrubar o jogador do FC Porto. 

52′ Cruzamento de Pepê cortado pelo braço de Aziz, que estava ao longo do corpo e em posição legal. Lance bem analisado na área do Rio Ave. 

64′ Bem António Nobre a identificar entrada negligente de Tanlongo sobre Pepê junto à sua área. Pontapé-livre bem assinalado e amarelo bem exibido. 

66′ Desatenção do árbitro ao permitir que a barreira defensiva do Rio Ave estivesse a (muito) menos dos 9.15m exigíveis aquando da execução do pontapé-livre. 

68′ Wendell levantou o braço direito na direção da cara de Costinha, cometendo falta bem assinalada. Galeno protestou e foi advertido com justiça. 

74′ João Mário derrubou mesmo Boateng. Pepe protestou e, mais uma vez, esteve bem o árbitro ao advertir a ação, neste caso do capitão azul e branco.

77′ Amarelo bem mostrado a Jhonatan por demorar demasiado tempo na reposição de bola em jogo. 

89′ Diogo Costa defendeu a bola, tocando na sequência do seu deslize no terreno, em Patrick William. Não houve infração do guarda-redes azul e branco. 

89′ Amarelo por exibir a Francisco Conceição, após entrada negligente sobre João Graça. Na sequência dos protestos, um elemento do banco técnico do Rio Ave foi bem advertido. 

90+2′ Boateng, que antes já tinha mostrado ações de risco, «riu-se» em desacordo, mas a sua (segunda) advertência foi indiscutível. A entrada sobre Gonçalo Borges foi claramente negligente. 

Nota final – O árbitro concedeu 7m de compensão. O jogo terminou aos 97.04″ (4 segundos depois). Boateng foi expulso aos 90+3′ e o jogo esteve interrompido 1’03”. Era “obrigatório” adicionar esse tempo aos descontos concedidos. 

Nota – 7

Fonte: A Bola

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