Revista Tempo

Direcção da LAM distancia-se da Fly Modern Ark e escreve a Mateus Magala

A Direcção da empresa Linhas Aéreas de Moçambique escreveu uma carta ao ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, distanciando-se dos pronunciamentos da Fly Modern Ark, no dia 12 de Fevereiro corrente, nos quais alguns gestores da LAM são acusados de roubar dinheiro e de sabotagem. A companhia esclarece que a Fly Modern Ark é responsável por todos os pagamentos efectuados na LAM.

A troca de palavras na sequência do atraso de voos da LAM, registado no último domingo, parece estar longe de cessar.

Depois de a Petromoc responder à Fly Modern Ark, desmentido que o atraso de voos fora originado pela falta de combustível nos reservatórios da própria Petromoc enquanto fornecedora, esta quarta-feira foi a vez de a Direcção-Geral da LAM manifestar desagrado com o teor da conferência de imprensa da última segunda-feira.

A LAM diz, através desta carta endereçada ao ministro dos Transportes e Comunicações, que foi apanhada de surpresa ao ouvir, através da comunicação social, as declarações da Fly Modern Ark.

“A Direcção da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique SA, reunida em colectivo de emergência, distancia-se dos pronunciamentos feitos pela FMA, na conferência de imprensa decorrida no dia 12 de Fevereiro, na sala de reuniões do Conselho de Administração da LAM”, esclarece João Carlos Pó Jorge, e reitera que “esta informação não foi previamente partilhada com a Direcção-Geral da LAM, tendo sido esta colhida de surpresa quando a informação foi veiculada pelos órgãos de informação”.

No documento a que o “O País” teve acesso, assinado pelo próprio director-geral da empresa, João Carlos Pó Jorge, a companhia receia que os pronunciamentos da Fly Modern Ark gerem impacto negativo.

“Preocupa-nos o impacto desses pronunciamentos na reputação da empresa (LAM), dos trabalhadores e das auditorias de certificação e dos grandes clientes a realizarem-se ainda este ano”, afirma o director-geral da companhia de bandeira, na carta a Mateus Magala.

Relativamente ao alegado desvio de fundos recorrendo-se a esquemas como a instalação de POS alheios à LAM, João Carlos Pó Jorge rebate:

“Informamos, igualmente, que a gestão de caixa (tesouraria) da LAM está sob responsabilidade exclusiva da Fly Modern Ark, que se responsabiliza por todos os pagamentos que são efectuados na LAM”.

Fonte:O País

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