Revista Tempo

Brasil e África do Sul aderem à iniciativa global sobre tecnologia geoespacial

Complexo da Maré, Rio de Janeiro.

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad, e o Atlantic International Research Centre vão fornecer apoio ao desenvolvimento de capacidades para ajudar Brasil e África do Sul a alavancar a ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento urbano sustentável.*

Segundo a Unctad, as tecnologias espaciais podem revolucionar a forma como os países capturam, visualizam e analisam dados sobre a superfície da Terra, tais como áreas propensas a desastres, qualidade local do ar e da água e redes de transporte.

Gestão urbana

O trabalho irá fornecer aos países dados necessários para apoiar o planejamento e a gestão urbana baseados em evidências e para relatar o seu progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

A iniciativa foi anunciada num workshop global sobre observação da Terra realizado nos Açores, Portugal, entre 8 e 12 de janeiro. O evento teve como foco aprimorar a análise geoespacial usando ‘Julia’, uma linguagem de programação inovadora de código aberto desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts, MIT.

O workshop reuniu mais de 240 cientistas e investigadores de instituições de ponta, como o MIT e a Universidade de Harvard, e agências espaciais nacionais da Bélgica, Brasil, Dinamarca, Polônia, Portugal, África do Sul e Estados Unidos.

Catalisador para cidades mais inteligentes, mais resilientes e inclusivas

A iniciativa faz parte de um projeto de dois anos, até 2025, intitulado “Aproveitar aplicações tecnológicas espaciais no desenvolvimento urbano sustentável”.

Segundo a economista da Unctad, Eugenia Núnez, o projeto responde à necessidade de apoiar os países em desenvolvimento, especialmente mulheres cientistas, para utilizarem a tecnologia geoespacial como catalisador para cidades mais inteligentes, mais resilientes e inclusivas.

A iniciativa realiza seu primeiro workshop no Rio de Janeiro, no Brasil, de 3 a 5 de abril de 2024. Os parceiros locais e os gestores políticos irão explorar formas de utilizar linguagem de programação para integrar dados de observação da Terra, de saúde e socioeconômicos, à medida que intensificam os esforços para melhorar as condições de vida nos assentamentos informais da cidade.

*Com reportagem do Unctad. 

Fonte: ONU

Exit mobile version