Revista Tempo

Dani fala por experiência: «Muitos atletas não estão preparados para o fim»

[imgep]

A transição do fim da carreira para uma nova etapa pessoal e profissional é, por vezes, um obstáculo demasiado difícil de transpor para muitos jogadores de futebol. Dani deu o próprio exemplo para justificar que, mesmo com apoio familiar, dar o primeiro passo é complicado, sobretudo se a carreira for de algum sucesso.

“Quanto maior é o teu percurso mais difícil é voltar a seres um cidadão normal”, notou o comentador, que, depois de pendurar as chuteiras, foi desafiado pela mãe para voltar aos bancos da escola e completar os estudos. “Muitos atletas não estão preparados para o fim. A minha mãe disse-me para voltar a estudar, mas confesso que senti essa vergonha”, recordou o antigo internacional, agora com 47 anos, particularmente preocupado com aspetos como a saúde mental.

“Essa história das redes é mais um exemplo. Se os jogadores não estiverem nas redes é porque não estão, se estão é porque estão. Temos atletas que passam por situações muito difíceis e quem tem competência para isso deve ajudar a pensar nos futuros ex-atletas”, refere Dani, elencando ainda outro problema relacionado com a segurança.

“A violência que advém das redes sociais chega ao ponto em que os jogadores vão para o jogo e, quando chegam a casa, ela está assaltada”, observa o antigo jogador de Sporting e Benfica, para quem é preciso parar para refletir nas diversas dimensões deste fenómeno. “Hoje em dia, a dimensão da tecnologia nas nossas vidas é enorme, mas vamos tentar acompanhar esse desenvolvimento no ponto de vista humano”, desafiou.

Fonte: Record

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