Revista Tempo

Regulamentos complexos “tiram sono” a gestores bancários

Líderes e colaboradores de instituições financeiras, nomeadamente, bancos comerciais e seguradoras que operam em Moçambique, dizem estar preocupados com o aumento da complexidade regulatória no sector e do escrutínio feito pelo respectivo supervisor.

É uma inquietação que consta das conclusões de um inquérito da Ernst & Young (EY), apresentado na quarta-feira. Denominado CFO Survey 2023, a análise foi feita de forma on-line, entre Agosto e Outubro de 2023, tendo envolvido 37 instituições.

Das instituições ouvidas, 22 são do sector bancário e 15 do sector segurador. De acordo com a EY, obteve-se um índice global de resposta de cerca de 60%. O estudo envolveu uma análise abrangente das tendências e desafios enfrentados pelos gestores.

Segundo o inquérito, 75 por cento dos líderes e colaboradores de bancos comerciais e seguradoras que operam no território nacional demonstraram preocupação com o aumento da complexidade regulatória e do escrutínio pelo supervisor do sistema.

“A complexidade regulatória, associada não só à política monetária, como a novos paradigmas e ecossistemas de serviços e a soluções tecnológicas como a computação na nuvem, vão necessariamente fazer-se sentir em Moçambique num horizonte temporal curto”, entende Bruno Dias, business consulting partner da EY Moçambique.

O regulador do sistema financeiro nacional é o Banco de Moçambique e da actividade de seguros é o Instituto de Supervisão de Seguros. O inquérito abordou também a evolução tecnológica da função financeira, evidenciando vulnerabilidades nas ferramentas tecnológicas, com a maioria dos gestores a projectarem investimentos na implementação de aceleradores tecnológicos.

“O estudo revelou que a definição de uma estratégia de sustentabilidade pela função financeira é vista como insuficiente pela maioria dos responsáveis das empresas inquiridas”, refere uma nota de imprensa da Ernst & Young.

Fonte:O País

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