RUI MANUEL CORREIA KNOPFLI
(Inhambane, Moçambique, 10 de Agosto de 1932 – Lisboa, 25 de dezembro de 1997) foi um poeta, jornalista e crítico literário e de cinema português. Fez os seus estudos em Maputo e em Joanesburgo África do Sul, tendo sido, entre1954 e 1974, delegado de propaganda médica.Publicou uma obra que cruza as tradições literárias portuguesa e anglo-americana. Integrou ogrupo de intelectuais moçambicanos que se opôs ao regime colonial. Foi director do vespertino Atribuna (1974-1975).
Com o poeta João Pedro Grabato Dias (o pintor António Quadros), fundou em 1972 os cadernosde poesia Caliban. Deixou Moçambique em Março de 1975. A nacionalidade portuguesa não impediu que a sua alma fosse assumidamente africana, mas a sua desilusão pelos acontecimentos políticos está expressa na sua poesia publicada após a saída da sua terra. Tem colaboração dispersa por vários jornais e revistas. Desempenhou funções de Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal em Londres (1975-1997).
Morreu no dia de Natal de 1997 e está enterrado em Vila Viçosa.
Bibliografia activa:
- País dos Outros, 1959
- Reino Submarino, 1962
- Máquina de Areia, 1964
- Mangas Verdes com Sal, 1969
- A Ilha de Próspero, 1972
- Escriba Acocorado, 1978
- Memória Consentida: 20 Anos de Poesia 1959-1979, 1982
- Corpo de Atena, 1984; Prémio de Poesia do PEN Clube
- Monhé das Cobras (Poesia), 1997
- Obra Poética, 2003