Revista Tempo

José Mourinho dá murro na mesa: «Não aceito que questionem o meu profissionalismo!»

[imgep]

Poucos dias depois do adeus à Taça de Itália às mãos da Lazio, a Roma volta ao campeonato amanhã para medir forças com o Milan, num jogo onde não terá José Mourinho no banco, pois o treinador terá de cumprir um jogo de castigo. O técnico português garante que a sua equipa vai dar tudo numa partida que se antevê difícil e voltou a lamentar o facto de ter poucas opções à sua disposição, mercê da onda de lesões que tem afetado o plantel.

“Tivemos dois momentos difíceis na época: o início e este. Mas agora estamos a quatro pontos dos lugares que dão acesso à Liga dos Campeões. Temos um grupo pequeno de jogadores e isso é uma verdadeira dificuldade. É uma loucura. E não está certo as pessoas quererem ignorar essa situação. Eu defendo o grupo, inclusive as pessoas que não têm níveis de desempenho aceitáveis. É um grupo de pessoas sérias, que trabalha e que sofre”, assegurou Mourinho.

Depois, explicou que não pode fazer magia. “Temos os adeptos mais incríveis que vi na minha vida, mas pensam que eu sou o ‘José Mourinho Potter’ e sobem o nível de cobrança e as expectativas. Estarei na bancada num ambiente em que não sou bem-vindo, mas vamos lá com tudo o que temos. Com a certeza que os jogadores vão dar tudo.”

O treinador foi também questionado sobre o facto de ter falhado o treino da equipa no dia a seguir à derrota com a Lazio, na última quinta-feira, e não gostou da ‘cobrança’. “Estou aqui há dois anos e cinco meses e sou a única pessoa que não falhou um único treino durante esse período. Para mim não há doenças nem mau humor. Por dois anos e meio não fiz nada de errado, nem há duas semanas, quando estive doente”, atirou.

E prosseguiu: “Há uns meses precisei de um dia, por um motivo que não tenho de explicar. Disse ao Tiago Pinto e aos donos que o dia a seguir ao dérbi [com a Lazio] seria um bom dia. Estive ausente da Roma por 15 horas. Parece-me ridículo ter de justificar isto. Não aceito que o meu profissionalismo e a minha dignidade sejam questionados, a minha paixão por este jogo não pode ser colocada em causa. Se há um exemplo de profissionalismo, esse exemplo sou eu. Nunca falhei um jogo em mais de 20 anos de carreira.”

Fonte: Record

Exit mobile version