Revista Tempo

“É preciso discutir qualidade na perspectiva de soluções”

O Presidente da República diz que há desafios na garantia da qualidade do ensino no país, entretanto apela à sociedade para debater soluções para a sua melhoria. Filipe Nyusi falava hoje, durante a saudação dos membros do Sindicato Nacional dos Professores, pela passagem do Dia do Professor.

O Presidente da República recebeu, esta quinta-feira, uma saudação dos membros do Sindicato Nacional dos Professores, por ocasião da passagem do Dia do Professor.

Na sua intervenção, Filipe Nyusi começou por criticar as pessoas que colocam dúvidas sobre a qualidade de ensino em Moçambique.

“E discutível quando se fala de qualidade na educação. Eu tenho dito que as pessoas que avaliam que a educação não tem qualidade, se têm capacidade de analisar é porque têm qualidade, conseguem fazer comparação de um e outra coisa e foram formadas por estes professores sem qualidade. Não quero dizer que está tudo bem, nunca estará em nenhum momento, em nenhum país, mas é preciso discutir a questão qualidade não no sentido de provar que as coisas estão mal, mas sim no sentido de fazer com que as coisas fiquem melhores”, defendeu.

O Chefe de Estado apontou o crescimento demográfico como um dos principais desafios da qualidade de educação. Fez uma comparação, olhando para a situação infra-estrutural desde 1975, até aos dias de hoje, apontando um grande crescimento.

Para Nyusi, “o crescimento demográfico afecta a nossa capacidade de expandir a oferta de vagas nas escolas, reduzir o rácio professor-aluno, de formar e recrutar mais professores, bem como de equipar adequadamente as instituições de ensino e garantir condições profissionais e de vida, aceitáveis para os docentes”.

Segundo Filipe Nyusi, as mudanças ocorridas com a implementação da Tabela Salarial Única afectaram, em grande medida, os professores.

“Isso implica a paragem de alguns actos, como o pagamento atempado de horas extraordinárias, referentes aos anos 2022-2023, pagamento de subsídios de funeral, assistência médica e medicamentosa, mudanças e progressões de carreiras, entre outros benefícios a que os professores e outros funcionários têm direito.”

O terrorismo em Cabo Delgado deslocou mais de mil professores, porém estes não abdicaram das suas actividades e trabalharam para a qualidade de ensino.

A ONP celebra, este ano, 42 anos de criação, por isso o seu representante aproveitou a ocasião para reafirmar o compromisso de promover um diálogo permanente por entidade sindical sólida e reforçada.

Pela passagem do dia, que contou com a presença da ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, a ONP ofereceu ao Chefe do Estado uma bengala.

Fonte:O País

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