Mobiliário escolar cobre 36% das escolas

Apenas perto de 4100 das cerca de 13.200 escolas do país estão equipadas com carteiras para alunos e secretárias dos professores, números que o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) reconhece serem “baixos”.

Perante o cenário, a ministra do pelouro, Conceita Sortane, anunciou, esta semana, o arranque, em breve, de uma “campanha muito forte” de aquisição de equipamentos para as salas de aula, que vai permitir que até ao final deste ano um número acrescido de estabelecimentos de ensino tenham mobiliário.

Sem indicar detalhes sobre a iniciativa, Conceita Sortane garantiu que o sector vai chegar ao final deste com números “satisfatórios”.

Actualmente, o país conta com 12.528 escolas primárias e 538 secundárias distribuídas pelas 11 províncias, representando um crescimento na ordem de dois e três por cento respectivamente em relação a 2016, de acordo com dados oficiais.

Desta forma, perto de 4740 das 13.166 unidades de ensino primário e secundário é que têm mobiliário escolar.

A ministra Sortane, que falava recentemente na cidade de Maputo, não destrinçou a natureza da campanha de aquisição de equipamento escolar, mas sabe-se que 824.361 carteiras deverão ser fabricadas a partir da madeira apreendida no âmbito da “Operação Tronco”, e disponibilizadas às escolas do país ao longo dos próximos dois anos.

O programa de fabrico vai iniciar este ano, prolongando-se até 2018. Em 2015 foram produzidas 150 mil carteiras duplas que tiraram 905 mil crianças do chão em todo o país, de acordo com dados avançados no Conselho Coordenador do MINEDH, realizado entre os dias 9 e 11 do corrente mês.

Consta ainda do rol das inquietações o absentismo dos professores e alunos, casamentos prematuros e gravidezes precoces, necessidade de mais salas de aula para expansão do tempo de permanência das crianças na escola e consolidação de um modelo de formação de professores que responda aos anseios do país.