“O cerne dos desafios da habitação gravitam a volta de financiamento para a construção e aquisição, bem como de modalidades de aquisição que tornem a habitação acessível” reconhece o Fundo para o Fomento de Habitação, no seu documento a que o @Verdade teve acesso, e onde propõe à consideração e para o devido enquadramento legal algumas fontes de financiamento que sejam não onerosas para o Estado.
O FFH propõe a consignação da venda de materiais de construção e de bebidas alcoólicas e de tabaco onde cada metical gerado da venda do cimento, ferro, tintas e barrotes ou da venda de uma garrafa ou de cada maço de cigarros reverteria à favor do PICMHS.
O Fundo para o Fomento de Habitação sugere que as multinacionais que operam em Moçambique, assim como outras grandes empresas, financiem a construção das habitações sociais ou a bonificação de créditos que seriam concedidos pela banca comercial.
Outras potenciais fontes de financiamentos propostas para o Programa Integrado de Construção Massiva de Habitação Social são a criação de um Fundo de Desenvolvimento, à semelhança do Fundo de Desenvolvimento Distrital, e também dinheiro do Fundo de Pensões.
(…)
De acordo com o documento que o @Verdade está a citar 60% destas habitações sociais serão destinadas aos moçambicanos que ganham entre 4 mil e 20 mil meticais, 20% serão para os trabalhadores com salário entre os 20 mil e 40 mil meticais e as restantes casas serão destinadas aos funcionários com rendimentos entre 40 mil e os 65 mil meticais.
O @Verdade questionou ao Fundo para o Fomento de Habitação de que forma estes cidadãos poderão aceder as habitações, que terão um custo unitário, na melhor da hipóteses, na ordem de 20 a 30 mil dólares tendo em conta que os créditos de habitação que são vendidos pela banca comercial são proibitivos para um honesto trabalhador? Passada uma semana, e até ao fecho desta edição o FFH não esclareceu.
http://www.verdade.co.mz/tema-de-fundo/35/63122
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