Revista Tempo

Acusado pelo GCCC de abuso de poder: Emose suspende administrador

O CONSELHO de Administração da Empresa Moçambicana de Seguros (Emose) suspendeu, com efeito a partir da última sexta-feira, Paulo José Djedje, administrador executivo para a área Administrativa e Patrimonial, que enfrenta um processo-crime  a correr no Tribunal Judicial do Distrito Municipal KaMpfumu, na Cidade de Maputo.

Djedje é acusado pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) de crimes de abuso de poder e pagamento indevido em benefício próprio no valor de 60 mil dólares norte-americanos.

O Conselho de Administração da Emose indica na sua deliberação 04/PCA/2017, assinada pelo respectivo Presidente, António Carrasco, que a continuidade do exercício de funções do visado poderia pôr em causa a imagem da empresa.

“Por um lado, é susceptível de pôr em causa a imagem institucional da Emose no mercado e na sociedade em geral, e, por outro, pode gerar conflito de interesse potenciando que o mesmo influencie o andamento do processo judicial. A suspensão é até que haja uma deliberação dos accionistas em Assembleia Geral e vigora desde o dia 10 de Agosto”, refere a Emose.

O correspondente processo, com o número 24/GCCC/17-IP, foi remetido ao Tribunal Judicial do Distrito Municipal de KaMpfumu, a 19 de Junho, e aguarda julgamento. Segundo GCCC, Paulo Djedje ter-se-á apoderado fraudulentamente de 60 mil dólares americanos num processo de pedido de indemnização por ele accionado contra a EMOSE, quando, na verdade, deveria ter recebido apenas 39 mil dólares.

Os factos remontam de 2005, quando o arguido submeteu um processo contra a empresa exigindo uma indemnização para repor os honorários a que afirmava ter direito depois de cessar as funções como director Comercial e de Marketing da EMOSE. Em última instância, o Tribunal Supremo confirmou a decisão das instâncias inferiores, que obrigava a EMOSE a ressarci-lo pelos danos causados, no valor de 39 mil dólares.

No entanto, segundo a acusação, aproveitando-se da qualidade de administrador, Paulo Djedje procedeu à capitalização de juros sobre o valor total, tendo, pessoalmente, mandado pagar a si próprio a quantia de 98.911,11 dólares, no lugar do valor determinado pelo tribunal.

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/sociedade/70491-acusado-pelo-gccc-de-abuso-de-poder-emose-suspende-administrador.html

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