Revista Tempo

Derrotar Mali: uma missão (im)possível!

Tudo o que as outras quatro selecções que disputam o “Afrobasket” sub-16 na Beira não queriam, era defrontar o poderosíssima selecção de Mali, na meia-final da prova, até porque, tal cruzamento significaria uma “eliminação automática”, ainda que não haja vitórias antecipadas. Entrementes, esse é o caminho que Moçambique deve enfrentar, depois das três derrotas.

Mali, que nunca perdeu um “Afrobasket” da categoria, desde que a prova foi instituída em 2009, tem vindo a demonstrar o seu forte poderio nesta competição. Todos os adversáruos foram vítimas, cada um à sua medida!

As tetracampeãs africanas começaram por derrotar o Egipto por 66-33, na primeira jornada, para depois fazer o resultado mais avulumado da prova (112-22), contra Zimbabwe. A seguir, venceram a equipa nacional, num encontro em que até começamos muito bem, mas o resultado final foi de 76-33. Por fim, nesta fase regular, o Mali venceu Angola por 17 pontos  (60-43).

Por seu turno, Moçambique, que iniciou este evento com uma vitória contra o Zimbabwe (48-39), perdeu os restantes encontros. A primeira derrota foi diante de Angola (64-57), depois seguiu-se mais uma, frente ao Mali (76-33). Já a fechar a fase regular, numa partida em que só a vitória interessava, novo desaire, desta feita, contra Egipto (64-61). O combinado nacional teve a vitória assegurada em todos os períodos, até que nos últimos segundos deixou escapar.

Com o desfecho do jogo, Moçambique não evitou a temível equipa de Mali, com quem todos  lutaram para não se cruzar nas meias-finais que se disputam hoje. O jogo está marcado para às 18:00horas, no pavilhão do Ferroviário da Beira. A anteceder o embate, Egipto e Angola protagonizarão a outra meia-final, às 16:00horas.

Se no primeiro jogo Moçambique jogou com processos pouco claros, nos seguintes foi mostrando sinais claros de crescimento, principalmente no último encontro, que o diga Egipto. Nelly Ambroos, que não pôde jogar nos primeiros encontros, por questões burocráticas da FIBA (nascida em Moçambique e filha de pai liberiano, só com o envio do ofício daquela filial da FIBA confirmando nunca ter representado aquele país, foi permitido que a jogadora do Ferroviário de Maputo jogasse por Moçambique), mostrou-se bastante prestativa. Além de ter sido a melhor marcadora do jogo contra o Egipto (18), comandou um grupo que esteve “on fire” na linha dos lançamentos triplos.

Portanto, o jogo de mais logo deverá ser bastante renhido. Contudo, será diante de uma equipa invicta e único vencedor de “Afrobasket” da categoria.

As partidas de hoje também têm o condão de qualificar os vencedores para o Mundial (sub-17), que terá lugar em Julho de 2018, na Bielorrússia. Mas, mais do que conquistar o “Afrobasket”, importa a Moçambique vencer o jogo de hoje!

 

Deanof Potompuanha

 

 

Anterior

Seguinte

000s2sdefault

Fonte:http://desafio.co.mz//index.php/basquetebol/afrobasket/4496-derrotar-mali-uma-missao-im-possivel

Exit mobile version