Revista Tempo

Graça Machel Trust lança fórum “Mulheres pelo Avanço de África”

Graça Machel defende conexão entre mulheres tirarem proveito dos avanços económicos que acontecem em África

Foi aberto oficialmente, ontem, em Dar es Salaam, Tanzânia, o Fórum Woman Advancing Africa (em português, Mulheres pelo Avanço de África), onde participa um grupo intergeracional composto por mais de 200 pessoas de todo o continente. Dentre os participantes, constam Samia Suluhu Hassan, vice-presidente da República da Tanzânia e membro do Painel de Alto Nível do Secretário-Geral da ONU sobre Empoderamento Económico das Mulheres, e Ummy Mwalimu, ministro da Saúde, Género, Desenvolvimento Comunitário, Crianças e Idosos na Tanzânia, bem como especialistas e activistas de sectores económicos chave, incluindo energia, indústria extractiva, agro-negócios, banca, telecomunicações, media, saúde, serviços e comércio. “A Women Advancing Africa procura criar um movimento de mulheres que irá construir consensos sobre as prioridades que irão enfrentar em conjunto. Ao conectar as mulheres líderes, podemos abrir vias e oportunidades que trarão milhares e até milhões de mulheres para conquistarem e tirarem proveito dos avanços económicos que acontecem em África”, disse a activista social Graça Machel. O Fórum Women Advancing Africa é uma iniciativa da Graça Machel Trust voltada à capacitação de mulheres, para que possam participar melhor e beneficiar da crescente economia de África. Na abertura do evento, a vice-presidente da Tanzânia defendeu que empoderar a mulher não significa um privilégio, mas sim um direito que assiste a todas e que deve ser reivindicado. “Mulheres precisam muito mais do que serem contadas e vistas. Elas precisam de ser ouvidas”, reforçou Samia Suluhu Hassan. Já a antiga presidente do Parlamento Pan-Africano, Gertrude Mongella, lembrou que as mulheres desempenharam um papel fundamental no suporte da luta de libertação do jugo colonial, que culminou com a independência dos países africanos. Por isso, Gertrude Mongella defende que, hoje, as mulheres têm a missão de dedicar as mesmas energias para uma nova frente de luta: a independência económica. Além da passagem pela presidência do Parlamento Pan-Africano, Mongella participou na luta de libertação de Tanzânia. Women Advancing Africa pretende criar uma agenda pan-africana inclusiva, para acelerar o avanço das mulheres em três áreas principais, nomeadamente, inclusão financeira, acesso ao mercado e mudanças sociais. Com a primeira área, pretende-se levar mais mulheres ao sistema financeiro formal; na segunda, o objectivo é elevar a participação económica das mulheres; e, na terceira, o foco é mudar a forma como a sociedade valoriza as mulheres e suas contribuições para o desenvolvimento do país. Moçambique em peso no evento Moçambique está representando por organizações empresariais e da sociedade civil. Uma delas é a African Women in Agribusiness Network/Mozambique, plataforma africana de agro-negócios cuja presidente, Clotilde Namburete, considera que um dos pilares mais importantes a aproveitar é a liderança. “Disso depende o sucesso de todo o projecto de produção”, justifica. Já Mariam Umarji, presidente da Federação Moçambicana das Mulheres Empresárias, faz notar que, no fórum, procuram caminhos para produzir comida, bens e serviços para o consumo interno e exportação.  

Fonte:http://opais.sapo.mz/index.php/sociedade.html

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