O combate às desistências, a conclusão do ensino primário em tempo previsto para o efeito, a garantia da aprendizagem efectiva, o combate ao absentismo dos professores e alunos, o combate aos casamentos prematuros e à gravidez precoce são alguns problemas, já conhecidos e com barba branca, que ainda persistem no nosso sistema de ensino, considerou o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), esta quarta-feira (09), em Maputo.
A construção de mais salas de aula no sentido de expandir o acesso à instrução e aumentar o tempo de permanência dos alunos na escola, a universalização do acesso à educação, a redução do rácio aluno/professor e aluno/turma e a consolidação da formação de professores são outros aspectos por melhorar, de acordo com a timoneira daquela entidade do Estado, Conceita Sortane.
A aprendizagem nas classes iniciais do ensino primário continua também preocupante, disse a ministra. Por isso, ainda é preciso suar as estopinhas com vista a melhorar a qualidade de ensino.
O alcance deste desiderato, segundo a governante, depende, em parte, da gestão correcta e racional de recursos escolares e financeiros e do combate da fraca assiduidade dos docentes e alunos.
Ademais, o papel dos professores e gestores de escolas é preponderante para assegurar que o sistema de educação em Moçambique seja “inclusivo, eficaz, eficiente e garanta o desenvolvimento de competências” nos alunos, bem como habilidades e atitudes que respondam às necessidades de progresso humano, conforme estabelece o Plano Quinquenal do Governo.
Educação inclusiva e apetrechamento de escolas
A educação inclusiva abrange actualmente 87.800 instruendos com necessidades especiais educativas, enquanto o ensino à distancia, disponível em todas as províncias, beneficia a 30.500 alunos, disse a ministra.
Num outro desenvolvimento, Conceita Sortane, que falava quarta-feira (09) na abertura do terceiro Conselho Coordenador da instituição que dirige, avançou que o ensino bilingue está a beneficiar 93 mil crianças em 744 escolas. Até 2015 só cobria contra 320 estabelecimentos.
No que tange à educação pré-escolar, esta abarca 9.184 crianças distribuídas em 139 escolinhas comunitárias, em 10 distritos das províncias de Maputo, Gaza, Tete, Nampula e Cabo Delgado.
Relativamente à disponibilidade carteiras, o MINEDH colocou nas escolas do país 150.975 carteiras duplas, o que permitiu tirar pelo menos 905.850 crianças do chão.
Trata-se de um programa de produção e distribuição de carteiras escolares em todo o país, através do qual o Governo pretende produzir mais de 824.361 carteiras, entre 2017/18, com base na madeira apreendidas pelo Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), aquando da “Operação Tronco”, em diferentes regiões.
No diz respeito ao aumento de infra-estruturas, foram erguidas 992 salas de aula, desde o ano 2015.