Revista Tempo

Iminente adeus do “El Capitão” Muchate

Vinte anos depois, o extremo-poste e um dos melhores ressaltadores, Custódio Muchate pode dizer adeus às quadras

É quase impossível falar do basquetebol nacional sem mencionar o seu nome. É uma das principais referências e um dos nomes mais sonantes nesta modalidade. Foi considerado sete vezes consecutivas melhor ressaltador do país. Dono de uma capacidade reconhecida de luta e homem de ressaltos e dentro da quadra desempenha o papel de extremo-poste. Chama-se Custódio Arão Muchate Júnior e natural da Cidade de Maputo. É casado e é pai de dois filhos. Iniciou a sua carreira nas escolas de formação da Associação Académica de Maputo, influenciado pelo seu amigo há sensivelmente 20 anos. Muchate conta que acompanhava diariamente os treinos do seu amigo de infância, mas o treinador apercebendo-se de tal situação convidou-o a fazer parte da equipa. “ No primeiro dia de treinos, fui calçando sandálias e sempre que pegasse na bola o meu maior interesse era atirá-la ao cesto”, lembrou. Com a sua humilde personalidade e dedicação foi ganhando habilidade dentro da quadra e conquistou um espaço no clube Ferroviário de Maputo, mas não só, neste percurso formou-se um homem. Antes mesmo de rumar para o seu actual clube o extremo-poste venceu a Taça de Moçambique. Como internacional, a sua história remonta de 2003, quando foi chamado a ajudar a selecção nacional a qualificar-se para o Afrobasket do Egipto. No entanto, uma lesão no joelho impediu o atleta de representar a selecção no campeonato africano. Mas a perseverança e auto-superação permitiram ao jogador voltar a quadra mais forte. O atleta esteve longe dos campos durante dezoito meses. Foi mesmo depois deste regresso que conquistou o seu primeiro título de campeão nacional de basquetebol vestindo a camisola dos “locomotivas” de Maputo, clube com o qual venceu por quatro vezes consecutivas o campeonato nacional de basquetebol. Um tempo depois rumou para o Desportivo de Maputo, clube onde permaneceu durante dois anos, mas novamente voltou a vestir o verde e branco. Em 2005, participou pela primeira vez numa fase final do Afrobasket que teve lugar na Argélia, prova na qual fez parte da lista dos 10 melhores ressaltadores e recuperadores de bola. Em 2011, fez parte da equipa que teve a melhor campanha numa fase final do Afrobasket, nos Jogos Africanos, terminando a prova na segunda posição.

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