Revista Tempo

Ousadia dos “fabris” diante do Maxaquene

Maxaquene perde diante do Textáfrica de Chimoio por 0-1

Um ousado Textáfrica do Chimoio veio a Maputo, precisamente ao Estádio Nacional do Zimpeto, derrotar o Maxaquene pelo mínimo, mas precioso resultado de um a zero. A história deste jogo é simples e resume-se em dois conjuntos com estratégias diferentes para o embate. Os “tricolores” entraram a desenhar jogadas de ataque bem definidas, e nos sete minutos iniciais quase conseguem fazer o adversário baixar as linhas. Sentindo-se pressionados os “fabris” optaram por um futebol em lances longos, aproveitando a experiência de Magaba e a velocidade de Dário que transportava as bolas pelas alas e mais adiantado ainda Oswaldo. E numa dessas jogadas o Textáfrica deu-se bem. A bola foi pingada para as costas da defesa do Maxaquene, Campira (20), não consegue evitar Magaba que fulgurante caminhou em direcção a baliza e depois de defesa incompleta Osvaldo rematou para o golo do Textáfrica, ainda estavam decorridos treze minutos. O Maxaquene, sentindo-se ferido subiu as linhas e explorou o jogo ofensivo de Pai e Bruno pelas alas, na linha da frente Lala, que foi primeira opção de Antoninho Muchanga e João, incomodavam a baliza de Ramiro, sem, contudo, traduzir as oportunidades que criavam em golo. O momento do jogo chega quando Nené do Textáfrica e João do Maxaquene embrulham-se numa jogada e caem sobre a relva e ficam depois embrulhados numa troca de mimos. O Senhor Cosme, árbitro, decidiu amostrar o cartão vermelho aos dois jogadores. Com os conjuntos reduzidos a dez unidades, as tácticas tiveram que mudar, o Maxaquene deixou de jogar no seu 4x3x1x2 passando para um 3x3x3. Nelson, Campira e Mexer fizeram as despesas defensivas empurrando Pai ao meio campo e Bruno ao ataque. Fábio Costas, treinador do Textáfrica, também mexeu o esquema, sobretudo o ataque, onde deixou Magaba mais sozinho, dando consistência ao meio campo. O sistema resultava e as equipas foram ao intervalo. No reatamento, o Maxaquene veio com vontade de mudar a história e o Textáfrica garantir os três pontos. Os “tricolores” fartaram-se de atacar a baliza de Ramiro, que foi, alias, o maior adversário do Maxaquene no domingo. Defendeu todas, e evitou que a sua baliza fosse violada. Os “fabris” estacionaram o autocarro na sua defesa enervando os “Maxacas” que não conseguiam chegar ao empate. Foram promovidas substituições para refrescar o ataque no Maxaquene. As entradas de Mutong e Tubias para os lugares de Lala e Candinho quase dão resultado. O Maxaquene pressionou, mas não marcou. Apenas em jogadas circunstanciais os visitantes conseguiam sair para o meio campo contrário, alias, para isso optaram por um jogo baseado em bombeamento de bolas para o campo do Maxaquene. A história do jogo terminaria assim com este um a zero. O Textáfrica quebrou a onda dos resultados positivos do Maxaquene e deu sequência aos êxitos que vêm alcançando nas últimas jornadas.

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