O GOVERNO moçambicano e o Banco Mundial estão a avaliar as condições para a implementação de uma estratégia para Moçambique, que prevê o desembolso de cerca de 1.2 bilião de dólares norte-americanos ao longo dos próximos três anos, para financiar actividades de crescimento diversificado e o aumento da produtividade.
Nos termos da estratégia, está previsto o desembolso anual de 410 milhões de dólares, mediante avaliação do desempenho.
Para operacionalizar este objectivo, encontra-se desde ontem em Maputo o director executivo do Banco Mundial, Andrew Bvumbe, que tem na agenda encontros de alto nível, incluindo com o Primeiro-Ministro, Agostinho do Rosário, e os ministros da Economia e Finanças, Adriano Maleiane e da Agricultura, José Pacheco.
Aliás, ainda ontem Andrew Bvumbe foi recebido em audiência por Carlos Agostinho do Rosário e por Adriano Maleiane, tendo no final explicado a jornalistas que os encontros visavam avaliar as condições efectivas para se viabilizar a estratégia.
Segundo Bvumbe foram igualmente discutidas questões como a inclusão e capital humano, bem como a melhoria da gestão da dívida pública e dos riscos fiscais.
A fonte fez ainda a previsão do Banco Mundial para o crescimento da economia moçambicana em 2017, fixando-a em 4,5 por cento, apontando que há sinais de que as pressões externas estejam a aliviar-se.
Momentos antes do encontro com o Governo,Andrew Bvumbe concedeu uma conferência de imprensa, igualmente em Maputo, onde destacou o facto da inflação, motivada por variações na taxa de câmbio, ter começado a desacelerar.
Segundo ele, os níveis das reservas do Banco Central aumentaram e os megaprojectos existentes têm demonstrado resiliência e podem encontrar suporte adicional a breve trecho nas melhores perspectivas para os preços de matérias-primas essenciais.
Questionado sobre a posição do Banco Mundial relativamente ao apoio ao Orçamento do Estado, a fonte afirmou que o mesmo está dependente das negociações actualmente em curso entre o Governo e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
“A questão da sustentabilidade da dívida pública é essencial para financiarmos o orçamento e isso passa também pela análise dos empréstimos não declarados”, disse.
Ainda ontem, o director executivo do Banco Mundial manteve um encontro com o sector privado através da Confederação das Associações Económicas (CTA).
A segunda parte a sua estada inclui visitas a empreendimentos de desenvolvimento, alguns dos quais beneficiando de apoio do Banco Mundial, tais como a Barragem de Corumana, na Moamba; a empresa de produção eléctrica GigaWatt, em Ressano Garcia, e a Reserva de Maputo.
Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/economia/69765-desnnvolvimento-e-aumento-da-produtividade-banco-mundial-sensivel-a-estrategia-para-o-pais.html