Revista Tempo

Ferroviários de Maputo e da Beira igualados no “play-off” da Final da Liga de Basquetebol

Está tudo igual (1-1) no “play-off” da final da Liga Nacional de Basquetebol. Depois da derrota sofrida no Jogo-1 (86-68), o Ferroviário da Beira transfigurou-se e venceu o seu homónimo de Maputo por claros 21 pontos (90-69).

 Ismael Nurmamad (Ferroviário da Beira) foi, quanto a nós, o MVP do encontro, e ainda conseguiu ser o “cestinha”, com 17 pontos, os mesmos do espanhol Sérgio Marzane (Ferroviário de Maputo).

Ferroviário da Beira-Ferroviário de Maputo (90-69)

1′ período (24-11)

2′ período (49-34)

3′ período (67-54)

4′ período (90-69)

A partida esteve ligeiramente atrasada por cinco minutos. Mas nada que beliscasse a festa. O Ferroviário de Maputo manteve o cinco do jogo da quarta-feira, enquanto o Ferroviário da Beira meteu André Velasco de início, Ismael Nurmamade, Octávio Magoliço e Helton Ubisse.

Nurmamade tratou de fazer o primeiro cesto. Numa espécie de papel químico, os primeiros minutos foram idênticos aos do primeiro encontro, embora Chiveve estivesse mais determinado, e a ganhar muitos ressaltos. Nos primeiros três minutos, vencia por 4-2, e Milagre pediu um desconto de tempo.

E como o objectivo era continuar a sonhar com o título, os anfitriões trouxeram a claque organizada, que com batucadas tornaram infernal o renovadinho pavilhão. Pio Matos foi logo chamado por Milagre Macome e trouxe alento para os “locomotivas” da capital.

Com um jogo exterior eficaz, os pupilos de Nasir Salé criaram um parcial de 20-8, ainda no primeiro quarto, terminado aquele primeiro período a vencer por 24-11.

No segundo quarto, tudo continuava aparentemente fácil para o Ferroviário da Beira. Quando não pudesse fazer lançamentos longos, por mérito do seu adversário, tinha penetrações criativas.

Sem que estivesse completamente lotado. O ambiente criou tanto calor que nem o “perfeccionista” Sérgio Varzan conseguia ser eficaz, até em lançamentos livres (algo raro). Com cinco minutos e 16 segundos, os donos da casa acumulavam uma vantagem de 12 pontos (34-12), num momentos em que David Canivete é lesionado num ressalto ofensivo. Sem poder fazer os dois lançamentos livres a que tinha direito, foi Stam a fazê-lo, convertendo um. Houve outra atitude no jogo, aumentando o “score” (41-22), ao que Milagre Macome requisitou um “time-out” oportuno.

O Ferroviário de Maputo passou a defender a todo campo. Álvaro Maso insurgiu-se contra Stam, pela forma como o defendeu, e este quis partir para a violência física, o que foi evitado graças ao acompanhamento do experiente e capitão Custódio Muchate.

Nelson “Snoop” Snoop entrou para o lugar de Magoliço e faz um monumental desarme de bola. Os 15 pontos (49-34) de vantagem com que o Ferroviário da Beira foi ao intervalo não significavam vitória, mas davam uma outra motivação e podia-se adivinhar o vencedor, pela prestação da equipa local e, em sentido contrário, do Ferroviário de Maputo.

A preocupação de Milagre Macome era tanta que ninguém recolheu aos balneários. O resultado é que a sua equipa  entrou muito bem no terceiro período. O Ferroviário da Beira só voltou três minutos depois, com triplo de Magoliço.

Francisco “Chiquinho” Macaringue entrou pela primeira vez nesta fase final e, na sua primeira jogada, começou mesmo com um triplo. Para provar que é o melhor triplista nacional, voltou a fazer o gosto às mãos, na linha dos 6,75m. Nurmamade teve que ser o marcador directo, e foi feliz ao anulá-lo.

Os “locomotivas” de Chiveve continuaram fortes e saíram do terceiro período a vencer, desta feita  por 13 pontos (67-54).

Nos derradeiros cinco minutos e oito segundos a partida estava em 73-62. Já com três minutos e 23 segundos por disputar e a perder por 77-62, Milagre Macome apostou em Pio Matos e Chiquinho, naturalmente para apostar nos lançamentos a longa distância.

O resultado já estava praticamente feito (83-65), e Nurmamade não podia deixar que o seu público regressasse a casa com mais motivos de alegria. Mostrou as suas habilidades de drible, conjugadas com cestos. Os instantes finais foram da confirmação do que se anunciou no primeiro período, vitória do Ferroviário da Beira (90-69).

Amanhã, os dois contendores voltam a jogar, a contar para o terceiro jogo de “play-off” à melhor de cinco jogos. Domingo é dia reservado ao descanso, sendo que voltam a jogar na segunda-feira e, se necessário, na terça-feira, para a finalíssima

Deanof Potompuanha 

 

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