Revista Tempo

Apesar da entrada de mais produtores: Produção nacional ainda não satisfaz

O DÉFICE nacional de arroz continua a desafiar o país, não obstante a crescente entrada de novos actores na produção e no processamento deste cereal.

De um consumo na ordem de 600 a 625 mil toneladas por ano, Moçambique produz apenas 240 a 260 mil toneladas, razão pela qual a solução para o abastecimento do mercado interno teima em ser as importações.

Momed Valá, director nacional de Agricultura e Silvicultura, falou de uma série de investimentos em curso visando elevar a contribuição nacional na oferta do arroz, mas reconheceu que ainda existem desafios enormes para se sair da dependência do mercado externo.

Em contacto com o “Notícias”, ele apontou a perspectiva da iminente entrada de um grupo chinês em Chókwè, província de Gaza, para produzir entre 20 e 24 mil toneladas por campanha em três mil hectares.

Há também outros investidores que já possuem 200 hectares em Matutuíne, extremo sul de Maputo, e preparam-se para arrancar no próximo ano. Quanto a este grupo, acrescentou que está neste momento a negociar mais terra no sentido de ter uma área de pelo menos mil hectares.

Um dos grandes entraves para a produção agrícola no país, com destaque para o arroz, é, na óptica de Momed Valá, a falta de infra-estruturas.

Só para dar um exemplo da falta de infra-estruturas, disse que dos 900 mil hectares ideais para o arroz, apenas 48 mil é que têm equipamentos de irrigação, o que ilustra claramente a necessidade de redobrar esforços em investimentos para esta área.

A fonte disse haver já algumas iniciativas da colocação da rede de infra-estruturas necessárias para a produção de arroz e de outros cereais básicos da alimentação da população.

No que tange ao processamento, destacou o facto de a maior parte dos grandes projectos incluir fábricas de descasque e ensacamento, para além de haver algumas empresas apenas vocacionadas a este processo.

Desta forma, há fábricas em Namacurra, Zambézia, Búzi, em Sofala, Macia e Chókwè, em Gaza, Palmeira e Matutuíne, na província de Maputo, sendo que algumas podem processar 200 a 300 toneladas por dia.

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/economia/69730-apesar-da-entrada-de-mais-produtores-producao-nacional-ainda-nao-satisfaz.html

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