Uma praga de ratos destruiu extensas áreas agrícolas de gergelim e feijão bóer, no distrito de Mutarara, em Tete.
Em consequência, há famílias camponesas que se encontram, neste momento, em dependência alimentar.
A situação é mais preocupante no posto administrativo de Inhangoma, onde os produtores perderam grande parte da sua produção devido aos ratos que estão a deitar abaixo o esforço dos camponeses.
Os Serviços Distritais das Actividades Económicas de Mutarara confirmam a ocorrência da praga e os resultados negativos que está a causar. Para isso, já foi enviada uma equipa de especialistas para calcular as áreas destruídas.
Produtores contaram que estão desesperados, porque não é apenas o gergelim e feijão-bóer que estão a ser destruídos, mas também o milho, a mandioca e a batata-doce, culturas apostadas nesta segunda época.
O substituto do Director das Actividades Económicas de Mutarara, Adérito Caminyú, afirmou não existir pesticidas no distrito para combater a praga, mas explicou que os produtores podem travar este fenómeno pessoalmente.
“É praga de ratos, que pode ser controlada pelas armadilhas de ferro. Temos armadilhas que cavando a terra e pôr grãos de milho e com folhas muito leves, o rato quando for aparecer lá, ele acaba caindo na cova. Antes é preciso pôr água e ele fica molhado e fica lá”, explicou Caminyú.
As pragas de rato aparecem ciclicamente, e alguns camponeses para se verem livre delas nas suas machambas tentam combater com queimadas que, em algumas situações, acabam por se descontrolar e causar danos à fertilidade dos solos.
Fonte:http://opais.sapo.mz/index.php/sociedade.html