MAPUTO – Em 2016 foram notificados um total de 19 casos. A maioria foram reportados nas províncias de Tete, Zambézia, Manica, Gaza e Cidade de Maputo, tendo a África do Sul como o maior destino.
“As principais vítimas são mulheres e crianças para a exploração laboral e extracção de órgãos”, disse a Procuradora Adjunta, Amabelia Chuquela, que falava na conferência de imprensa por ocasião do lançamento da Semana Comemorativa do Dia Mundial de Luta contra o Tráfico de Pessoas.
O evento, que decorre sob o lema ‘’Assistir e Proteger as Vítimas de Tráfico de Pessoas’, tem nomo principal objectivo chamar atenção para o problema do tráfico e encorajar os cidadãos do mundo inteiro a adoptarem acções para combater esse fenómeno.
Segundo Chuquela, as mulheres e crianças continuam a ser os grupos mais vulneráveis, acrescentando que ‘’um dos factores é a pobreza, que tem levado muitas vezes crianças a deslocarem-se das suas zonas de origem a procura de melhores condições de vida’’.
‘’Há necessidade de fazer um trabalho de base com os pais, de modo a aumentar o nível de responsabilidade, porque as crianças nessas saídas correm o risco de ser traficadas’’, advertiu.
A falta de centros de acolhimento para as vítimas enquanto, enquanto aguardam pela sua reintegração na família, constitui outro problema que preocupa sobremaneira as autoridades.
“Estamos cientes de que são grandes os desafios que nos são colocados principalmente na questão de assistência as vítimas de tráfico’’, concluiu. [CC]
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