O vazio ontem poderá estar relacionado com uma operação da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) da Polícia, que na quinta-feira culminou com a detenção de alguns manifestantes. A este respeito, o porta-voz da PRM no Comando da Cidade, Orlando Mudumane, justificou que se tratou de uma retenção para identificação e que mais tarde viriam a ser libertos.
“As pessoas estavam a criar agitação e foram levadas do local da manifestação como medida de prevenção. Não podemos falar de detenção e nem avançar o número de pessoas”, afirmou Mudumane.
Os trabalhadores do CTA da UEM praticamente paralisaram o funcionamento da instituição, encerrando salas de aula das escolas e faculdades, a Biblioteca Central Brazão Mazula e o Campus Principal, cenário que continuou ontem.
Uma das consequências da greve foi o adiamento, mais uma vez, de alguns exames semestrais na UEM. Ontem, os estudantes ainda se dirigiram ao campus universitário na expectativa de realizar as avaliações, mas debalde.
Numa nota emitida quinta-feira, a direcção da UEM refere que no quadro da administração pública, em que os funcionários do CTA estão integrados, a greve é ilegal. No entanto, a universidade afirma compreender a concentração havida no campus como destinada à articulação de posições para uma negociação entre os representantes do CTA e a direcção da instituição.
“A compreensão e a tolerância, no entanto, não devem ultrapassar os limites de civilidade, a ponto de constituírem actos ilícitos, tais sejam a limitação do funcionamento normal das actividades da UEM, o desrespeito pelo património, sabotagem das instalações, meios e equipamentos e a coerção aos funcionários não aderentes”, lê-se na nota.
Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/sociedade/69506-campus-da-uem-vazio-no-terceiro-dia-da-greve.html