A volatilidade dos preços dos produtos de exportação, os factores políticos e de instabilidade económica regional configuram riscos e incertezas com que o Banco de Moçambique precisa lidar cada vez com maior destreza.
Falando ontem em Maputo, no acto inaugural do complexo de edifícios do Banco Central, o Presidente da República, Filipe Nyusi, reconheceu a capacidade de gestão dos quadros da instituição, mas recomendou que seja feito um acompanhamento e monitoria à altura dos desafios que aqueles fenómenos representam para a economia.
Ao nível interno o Chefe do Estado garantiu estar-se a trabalhar com vista ao estabelecimento da paz efectiva, destacando que é também importante uma boa gestão das operações financeiras do Estado, no actual cenário de não entrada de ajuda externa.
Para o Chefe do Estado, é igualmente necessário considerar como um grande desafio a incerteza quanto ao retorno do programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Falando perante funcionários e antigos governadores do Banco Central, membros do Governo e outros convidados, Filipe Nyusi recordou que desde 17 de Maio de 1975, data da criação do Banco de Moçambique, assiste-se a um ascendente e irreversível processo transformacional desta instituição financeira e monetária.
Apontou como tendo sido um marco importante deste processo a separação, em 1992, das funções de banco comercial e emissor, passando a instituição a desempenhar exclusivamente as funções de Banco Central.
Por seu turno, o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, indicou que para além de emprestar uma nova imagem à baixa da cidade de Maputo, os novos edifícios respondem aos requisitos de qualidade técnica e de segurança actuais dos bancos centrais modernos.
O novo complexo do Banco Central ocupa uma área de 87 500 metros quadrados. Dois dos três edifícios localizam-se entre as avenidas 25 de Setembro e Samora Machel e o terceiro na Rua do Banco de Moçambique.
As novas instalações têm o mérito de poder aglutinar num único espaço os diversos funcionários do Banco Central, o que na óptica de Rogério Zandamela traz vantagens, sobretudo de em termos de eficiência.
Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/economia/69132-pr-aos-gestores-do-banco-central-melhorar-destreza-para-lidar-com-riscos.html