Revista Tempo

Conselho Constitucional tem assinaturas suficientes para ilegalizar dívida

Fórum de Monitoria solicita ao Conselho Constitucional que declare inconstitucionalidade inscrição da dívida da Ematum na Conta Geral do Estado de 2014

O Fórum de Monitoria do Orçamento reuniu duas mil assinaturas e solicitou, hoje, ao Conselho Constitucional, que declare inconstitucionalidade à inscrição da dívida da Empresa Moçambicana de Atum (Ematum) na Conta Geral do Estado de 2014. O facto surge na sequência da publicação do Boletim da República no qual consta a dívida da Empresa de Atum. Assim, o Conselho Constitucional deverá avaliar se procede a solicitação do Fórum que monitora o orçamento moçambicano.

No ano passado, o Governo incluiu a dívida da Ematum na Conta Geral do Estado de 2014 que apresentou ao Parlamento. Ainda em 2016, o documento foi aprovado pelos deputados e posteriormente publicado no Boletim da República. O Fórum diz que ainda não solicitou inconstitucionalidade às outras dívidas não declaradas, nomeadamente da ProIndicus e da Mozambique Asset Management, pelo facto de não terem sido publicados, até agora, outros Boletins da República que incluem as dívidas polémicas na Conta Geral do Estado.

“Julgamos que o Estado moçambicano é soberano e não pode ser obrigado a fazer nada que não seja de acordo com os princípios que conduzem um Estado soberano. Falamos da Constituição da República. É válido que os cidadãos não queiram pagar por uma dívida que não foram consultados para a sua contratação, através da Assembleia da República”, argumentou Humberto Zaqueu, que falava hoje numa conferência de imprensa que visava anunciar o pedido de inconstitucionalidade à dívida da Ematum na Conta Geral do Estado.

O Fórum de Monitoria do Orçamento avança, ainda, que é preciso repensar nas lideranças do país, para que o Estado moçambicano não seja posto em causa. Esta quinta-feira, a instituição organiza um debate sobre as dívidas ocultas.

 

Fonte: O Pais -Politica

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