Cerca de 50 pessoas pertencentes à Associação dos Profissionais Metalomecânicos de Moçambique estiveram, ontem, amotinados em frente ao Ministério do Trabalho, na Cidade de Maputo, por entenderem que a empresa que está a construir a Central Termoeléctrica de Gás em Maputo está a dar prioridade à mão-de-obra estrangeira.
Dizem que, várias vezes, submeteram as suas candidaturas às vagas de emprego na empresa, denominada Sumitomo, entretanto, vêem estrangeiros a serem mais admitidos, sem entenderem a razão da preferência. Dizem também que têm formação, mesmo assim, sentem-se desqualificados e sem argumentos.
A nossa equipa de reportagem procurou ouvir a reacção da empresa, a qual nos remeteu à empresa Electricidade de Moçambique (EDM), por ter sido esta última que contratou a Sumitomo para erguer a Central Termoeléctrica de gás.
A EDM, por sua vez, explicou que a contratação de trabalhadores para a execução da obra da Central Termoeléctrica de Ciclo Combinado de Gás de Maputo é imparcial e obedece a todos os requisitos exigidos pelo Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social.
O gestor do projecto de construção da Central, Inácio Manuel, explicou ao “O País” que a execução da obra está a cargo da empresa japonesa Sumitomo, e esta é que tem a responsabilidade de fazer a contratação de companhias para conduzirem a obra. “A EDM tem um contrato assinado com duas empresas japonesas, nomeadamente, Sumitomo Corporation e IHI. A Sumitomo subcontrata serviços a outras empresas terceirizadas nacionais da área de construção civil, serralharia, metalomecânica, de manutenção mecânica, entre outros serviços. As subcontratadas pela Sumitomo têm a responsabilidade de trazer o seu ‘staff’ para executar os trabalhos para os quais foram contratadas. A Sumitomo e a IHI são responsáveis técnicos do projecto, as empresas fazem a fiscalização da obra”, explicou Inácio Manuel.
Fonte:http://opais.sapo.mz/index.php/sociedade.html