“Eu fico extremamente animado e entusiasmado quando vejo vários aspirantes”, foi assim como Daviz Simango reagiu à possibilidade de o deputado Geraldo de Carvalho entrar na corrida para candidato do MDM da Beira. Irónico ou não, o líder do MDM e actual edil da Beira disse que no partido há espaço e até encorajou outros membros a manifestarem, dentro ou fora dos órgãos, interesse em concorrer a vários cargos públicos. “É bom para a nossa democracia, faz parte dos valores e princípios do MDM”, acrescentou.
Com ar mais sério, Daviz Simango alertou que é fundamental compreender como é que funcionam os órgãos internos do MDM no caso dos processos eleitorais. De forma detalhada, explicou que vários “aspirantes” podem se apresentar, mas caberá ao partido, através do gabinete central de eleições, escrutinar as candidaturas em função das regras e do perfil do candidato a definir no congresso de Dezembro. “Em fórum próprio, a Comissão Política irá avaliar todas as propostas e irá definir e publicar todos os nomes dos candidatos selecionados”.
À pergunta se vai se recandidatar a um quarto mandato na Beira, o líder do MDM diz que “neste momento” não é candidato. “Qualquer situação que o Daviz Simango queira, que os munícipes da Beira queiram, que os membros do MDM queiram, tem de respeitar os princípios do MDM”, defendeu-se.
Daviz Simango cumpre o seu terceiro mandato como edil da segunda maior cidade do país: em 2003 foi eleito pela Renamo, em 2008 concorreu como independente e em 2013 ganhou com a bandeira do MDM. Defensor acérrimo de alternância política, a ideia de um quarto mandato parece não lhe incomodar. “Os estatutos do MDM estão abertos quanto à candidatura, o que pressupõe que os membros do possam concorrer a vários mandatos que queiram concorrer. O importante é cumprirem com a ética e o profissionalismo que nós queremos e trazer resultado”, defendeu-se.
O líder do MDM falava sexta-feira em Maputo, após desembarcar de Gana onde participou na reunião da União Internacional Democrata, organização que junta partidos da linha centro-direita e alguns conservadores.
Fonte: O Pais -Politica