Revista Tempo

Credit Suisse considera incorrecta e enganosa auditoria da Kroll

Armando Guebuza escusa-se a comentar o conteúdo do relatório da Kroll

O banco suíço Credit Suisse, uma das instituições que participaram no processo de financiamento das polémicas dívidas ocultas, classificou de “incorrectas” as conclusões da auditoria da Kroll, cujo sumário foi divulgado no último sábado.

Aquele banco abordou, com destaque, as “engenharias financeiras” que, segundo o relatório, culminaram com a cobrança de avultadas comissões e taxas, considerando que o relatório é enganador.

“A conclusão (da auditoria) de que o Credit Suisse recebeu 100 milhões de dólares ou mais em taxas de mediação financeira é incorrecta e enganadora”, disse uma fonte do banco suíço, citada pela agência de informação Bloomberg.

O Credit Suisse diz que as comissões recebidas foram de 23 milhões de dólares (cerca de 2,3% do volume de financiamento) “e estão em linha com as transacções financeiras comparáveis realizadas nos mercados emergentes”.

O banco suíço reagia, assim, à divulgação, último sábado, do sumário executivo da auditoria entregue pela consultora Kroll à Procuradoria-Geral da República, segundo o qual o Credit Suisse e o banco russo VTB receberam 200 milhões de dólares em comissões, por terem organizado os empréstimos às empresas públicas Mozambique Asset Management (MAM) e ProIndicus.

Já o VTB disse, de acordo com agências internacionais, que não irá comentar a auditoria, até ler o documento de forma detalhada.

Igualmente, o antigo Presidente da República, Armando Guebuza, cujas polémicas dívidas foram avalizadas pelo seu governo, escusou-se de comentar o conteúdo do relatório. Perante insistência da nossa reportagem, à margem das cerimónias oficiais do 25 de Junho, Guebuza disse que não tinha lido o conteúdo do relatório, por isso, não teceria qualquer comentário.

Fonte: O Pais -Politica

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