O Conselho de Segurança das Nações Unidas debateu nesta segunda-feira a situação na República Democrática do Congo, RD Congo.
No evento, a representante especial do secretário-geral no país, Bintou Keita, falou de uma “redução considerável de combates” entre os envolvidos, citou esforços para abordar a insegurança no leste congolês e aliviar as tensões regionais.
Mediação de Angola
A também chefe da Missão das Nações Unidas na RD Congo, Monusco, disse que o ambiente vivido no terreno segue o anúncio de cessar-fogo assinado em 30 de julho por ministros de Negócios Estrangeiros do país e do Ruanda sob a mediação de Angola.
O entendimento entre as autoridades congolesas e ruandesas em Luanda entrou em vigor desde 4 de agosto e deve ser monitorado pelo Mecanismo de Verificação Ad Hoc estabelecido como parte do processo.
Os dois países também concordaram em operacionalizar um plano para neutralizar o grupo armado Forças Democráticas de Libertação de Ruanda, que está ativo no leste congolês.
Para a representante das Nações Unidas na RD Congo, a paz ainda não foi conquistada, mas ainda existe um quadro ativo de diálogo entre as suas partes.
Instrumento operacional de apoio
Bintou Keita considera haver um investimento proativo de mediação, mas alertou que sem nenhum esforço para resolver o conflito acompanhado de um instrumento operacional de apoio não se pode esperar uma paz real.
A enviada disse que acompanha o debate no contexto do processo de Luanda, enquanto várias operações e treinamento operacional são oferecidos pela Força da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, Samidrc, às Forças Armadas congolesas.
Contribuições de doadores atingiram US$ 1 bilhão
Bintou Keita falou ainda das eleições que em dezembro levaram a estabelecer a composição de instituições como a Assembleia Nacional, o Senado e o novo Parlamento, com previsão da reabertura neste outono.
O orçamento recentemente adotado pelo Projeto de Lei de Finanças de 2025 é de cerca de US$ 18 bilhões. Keita declarou a disposição das Nações Unidas em apoiar a implementação.
Na vertente humanitária, o apoio dos doadores para assistência ao país até o final do ano atingiu US$ 1 bilhão. Cerca de US$ 2,6 bilhões são necessários para o auxílio aos 8,7 milhões de pessoas mais vulneráveis durante o período.
Fonte: ONU