João Pedro Sousa: «Acho que era importante haver uma reflexão, porque fomos prejudicados»

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[imgep]

Apesar do golo no último minuto do jogo diante do Sp. Braga, resultando numa derrota (1-2) , ainda houve espaço para uma jogada na qual a equipa técnica do Famalicão pediu penálti no que seria o golo do empate. Depois das palavras de Miguel Ribeiro aos órgãos de comunicação social, no final da partida, João Pedro Sousa também abordou o tema das decisões de arbitragem. 

“Parece-me que tem influência [no resultado]. Não ouvi as palavras do presidente diretamente, mas digo já que subscrevo, seguramente. Raramente, muito pontualmente falámos aqui das arbitragens, pelas razões que já expliquei, mas não é por falar. Acho que era importante haver uma reflexão, porque já fomos prejudicados. A minha obrigação é melhorar o jogo da minha equipa, creio que a arbitragem devia melhorar a deles”, atirou o técnico famalicense. 

Que análise faz a esta derrota nos minutos finais?
“Independentemente do momento do golo, porque podíamos até ter sofridos nos primeiros 5 minutos… Não merecíamos perder, por tudo o que fizemos, por tudo o que conseguimos anular. É um resultado penoso para uma equipa que lutou tanto como a minha.”

O Filipe Soares estreou-se. Vai dar tempo de integração aos novos reforços, ou pensa que todos eles já estão prontos para serem lançados? 
“Sim, ele entrou porque achei que o momento do jogo pedia. O Gustavo Sá estava a entrar em fadiga, o que é normal pela intensidade que colocou no jogo e achei que o Filipe precisava menos da adaptação ao nosso modelo de jogo. O Filipe está pronto para ajudar a equipa. Respondeu positivamente, cumpriu perfeitamente e estou contente com a prestação dele.”

Fez muitas alterações na segunda parte, esperava mais de quem entrou?
“Não penso que tenha a ver com as alterações que diminuímos ou deixámos de ter o melhor momento de jogo. A razão é devido ao processo ofensivo, não houve nada que me obrigasse a mudar. Não havia que mexer no eixo defensivo, portanto aí acabámos como havíamos de acabar. Na frente, não poderíamos deixar de atacar, o Chiquinho vem de uma paragem muito longa e também acusou cansaço. Havia, nos 60 minutos, algum cansaço geral e sabia que o Sp.Braga tomaria conta do jogo. Tínhamos que levar o jogo para a frente. Tentámos alterar com jogadores frescos e o Otso Liimatta tem outro tipo de segurança com bola, mais que o Chiquinho, penso que não isso que falhou. Não foi pelas alterações, reitero.”

Riccieli novamente de fora, estará de saída? 
“Não sei se há propostas, mas a opção de o deixar de fora foi unicamente técnica. O Riccieli esteve algumas semanas parado. Terminou muito recentemente a reintegração no teor técnico. Ficar um dos centrais de fora será sempre notícia, porque todos eles têm qualidade para jogar. Sendo que o Riccieli vem de um período por lesão, optei por outros centrais. Mas a qualquer momento, pode entrar no onze. São simplesmente situações diferentes que requerem alternativas diferentes.”

É fácil gerir a equipa perante um carrossel de resultados como este?
“Conseguimos, e admito, suportar isso com a nossa forma de jogar e ideia de jogo. Sentimos que a nossa forma pode chegar à vitória. Se isso acontece, é mais fácil, porque hoje chegaram ao balneário e disseram que jogámos melhor e que podíamos ganhar. Assim é mais fácil gerir esta frustração com esta reação. Se tal não acontecesse, aí sim, seria mais difícil.”

A questão dos áudios dos árbitros.
“Acho que a transparência é benéfica para todos, até para as pessoas e isso passa um pouco pela cultura desportiva, porque as pessoas que vêm futebol têm de perceber o que se passa dentro de campo, nem nós no banco percebemos muitas das vezes o que se passa. Eu, outro dia, levei um amarelo que hoje nem sei o porquê. Isto é importante para todos, que estamos ali no banco e às vezes não conseguimos perceber as coisas. Os árbitros se tiverem de esclarecer, acho que sim, que é uma boa medida”, terminou.

Fonte: Record

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