Nestes tempos em que o país vive uma crise sem precedentes provocada pelo Governo da Frelimo, através das dívidas contraídas ilegalmente em nome dos moçambicanos, um grupo de necrófagos que constituem o Conselho de Administração da empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) mostra, às escâncaras, todas as suas falinhas e já não disfarçam os seus insanciáveis apetites pelo dinheiro público.
Um documento que o jornal @Verdade teve acesso mostra a pouca vergonha que tem acontecido nos cofres da empresa estatal que detém o monopólio da distribuição de energia. Decididamente, o Conselho de Administração da EDM foi criada para esvaziar e destruir os cofres daquela empresa pública, no lugar de contribuir para o desenvolvimento da mesma. Ora vejamos: num ano em que o aumento salarial decretado pelo Governo moçambicano para sector de energia foi de 13,3 por cento, o Conselho de Administração da EDM aumentou as suas remunerações, durante o ano passado, em mais de 60 por cento, passando, assim, a auferir cada um dos sete administradores cerca de um milhão de meticais mensais.
Esses salários, diga-se em abono da verdade, são um insulto não só aos outros funcionários da Electricidade de Moçambique mas também aos moçambicanos. Aliás, as remunerações dos administradores da EDM representam uma grosseira falta de respeito à dignidade do povo moçambicano. Milhares de moçambicanos vivem em condições de extrema pobreza, com problemas sérios de falta de acesso à corrente eléctrica, mas um punhado de indíviduo abocanham anualmente uma fortuna que tiraria a população do sufoco em que se encontra.
Quase todos os dias, são registados casos de consumidores de energia eléctrica que se mostram agastados com a má qualidade de serviços prestados pela EDM, para além de falta de seriedade em solucionar algumas situações pontuais. Porém, ao invés de procurar soluções para os problemas do consumidores, os administradores da empresa estão preocupados em aumentar os seus ordenados. O mais caricato é que todos os anos a empresa tem vindo a apresentar prejuízos, quando na verdade se trata de uma manobra para continuarem a saquear os cofres do Estado.
http://www.verdade.co.mz/opiniao/editorial/63079
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