Refinaria de açúcar poupa em importações

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Moçambique já não vai importar açúcar branco a partir do segundo semestre do próximo ano, com a conclusão e entrada em funcionamento de uma refinaria na açucareira de Xinavane, na província de Maputo.

Para a satisfação da procura no mercado local, a maioria do açúcar refinado consumido no país é importado, representando uma factura anula de cerca de 60 milhões de dólares norte-americanos.

Com capacidade para produzir, anualmente, 90 mil toneladas de açúcar, a nova unidade será acoplada à infra-estrutura fabril já existente em Xinavane, representando um investimento adicional da Tongaat Hulett, na ordem de 2.5 mil milhões de meticais.

Na manhã de ontem, o Primeiro-Ministro Carlos Agostinho do Rosário dirigiu a cerimónia de lançamento da primeira pedra para a construção da refinaria tendo, na ocasião, enaltecido a importância do sector açucareiro na dinamização da economia em Moçambique.

“Estamos conscientes do papel que a indústria do açúcar desempenha no desenvolvimento socioeconómico do país e das comunidades locais em particular. Estamos jubilados com este investimento adicional da Tongaat Hulett, que catapultará os esforços governamentais para a produção nacional e na redução das importações”, destacou o Primeiro-Ministro.

Carlos Agostinho do Rosário considerou ainda que a construção desta refinaria está alinhada ao programa do Governo, devendo potenciar a transformação local das matérias-primas proporcionando a geração de renda para as populações e a poupança de divisas.

Actualmente, a capacidade de refinação de açúcar em Moçambique é de cerca de 20 mil toneladas por ano, numa altura em se estima que o país consome cerca de 70 mil toneladas de açúcar.

Com a conclusão da refinaria no próximo ano, a Tongaat Hulett espera aumentar as áreas de cultivo de cana em mais três mil hectares, estendendo aquelas controladas pela empresa para cerca de 12 mil hectares.

Peter Staude, director executivo da Tongaat Hulett, considera que o projecto da refinaria de açúcar reflecte o compromisso da sua companhia com o futuro da indústria açucareira moçambicana, com as partes interessadas relevantes da indústria, incluindo os clientes, o sector agrícola e a economia em geral.

“O projecto assegurará que o açúcar refinado importado anteriormente passe a ser produzido em Moçambique, ao mesmo tempo que proporciona um maior apoio para um número significativo de membros da comunidade local, que beneficiam com esta indústria”, sustentou Peter Staude.

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/economia/69763-refinaria-de-acucar-poupa-em-importacoes.html

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