Procura por gás doméstico leva consumidores a percorrerem longas distâncias em Maputo
A busca pelo gás doméstico virou uma verdadeira maratona na Cidade de Maputo. A pé ou de viatura, é assim como os munícipes da Cidade de Maputo passam os últimos dias. O gás de cozinha tem tido muita procura e há pouca disponibilidade.
Consumidores de vários bairros da periferia de Maputo deslocam-se à cidade na esperança de encontrar o gás, mas, muitas vezes, sem solução.
“Estamos a procura do gás, desde sábado, porque no nosso bairro não há gás, por isso viemos à cidade e já andamos em quatro bombas de venda, mas não encontramos e assim estamos a regressar para casa”, disseram nossos entrevistados, e acrescentaram: “não sabemos como iremos viver”.
Com pouco gás no mercado e muita procura, abre-se espaço para o oportunismo, visto que ouvem-se um pouco por todos os bairros do Município de Maputo indignações de alguns munícipes.
“Andei a cidade inteira à procura do gás e ainda não encontrei. Algumas pessoas compram muitas botijas e revendem nos bairros. Há dois dias encontrei no meu bairro alguém a vender por 520MT, enquanto o preço real é 446MT”, disse Cacimo, um dos consumidores entrevistados.
Revendedores confirmam a escassez e dizem que a procura aumentou com a descida do preço e a cada lote que se recebe acaba em poucas horas. Acredita-se que o problema pode estar aliado ao facto de o local do enchimento ser único a nível nacional, o que condiciona a distribuição. Porque há muita procura, alguns revendedores vendem apenas uma botija por cliente.
“A procura é tanta que até alguns consumidores chegam a trazer mais de uma botija e, quando assim é, nós vendemos uma garrafa apenas. Eu recebo 150 garrafas e recebo diariamente, mas acaba em menos de três horas. Se existissem mais locais para o enchimento distribuídos em regiões, talvez minimizasse o problema da escassez, disse Rodrigo Chin representando os revendedores.
Até as 13h desta segunda-feira, todos os postos de venda da capital não tinham stock de gás e a população ficou entregue à sua sorte.
Fonte: O Pais -Economia